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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Congresso Nordestino de Apicultura e Meliponicultura e Feira da Cadeia Apícola

CAMARA SETORIAL DO LEITE - BAHIA

Câmara setorial do leite deve melhorar produção na Bahia

Foto: ASCOM/SEAGRI
Fazer com que a produção do leite seja competitiva, com resultados satisfatórios para os produtores, e colocar no mercado produtos de qualidade e com sanidade. Esses são alguns dos objetivos da Câmara Setorial do Leite, instalada no dia 23/04/2009, pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Seagri, no auditório da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, ADAB, O ato foi presidido pelo secretário da Agricultura, Roberto Muniz, menos de uma semana depois da criação da Câmara Setorial do Cacau do Estado da Bahia.

A Bahia tem o terceiro rebanho leiteiro do país, mas é o sétimo em produção, por causa da baixa produtividade dos animais. Para o secretário Roberto Muniz, este é um grande desafio a ser vencido, o que passa pela melhoria genética do rebanho, a oferta de mais alimentos para o gado e estabilizar o preço do leite. Roberto Muniz informou que “estamos discutindo com os agentes financeiros, (BNB, BB e Desenbahia), uma linha de crédito para a cadeia do leite, e devemos lançar um projeto para implantar 100 tanques de resfriamento na Bahia”.

A criação da Câmara foi festejada pelo presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia, Faeb, João Martins da Silva. “A Câmara vai coordenar ações de governo no sentido de que a Bahia se torne auto-suficiente no leite. Vai fazer com que o produtor de leite seja competitivo, com o uso de novas tecnologias e técnicas atuais, em igualdade de condições outros centros produtores do País”, destacou o presidente da Faeb.

CONTROLE DE QUALIDADE

Segundo o diretor geral da Adab, Cássio Peixoto, as ações da agência ratificam o trabalho do órgão no Estado, principalmente nas atividades de supervisão dos estabelecimentos que comercializam leite, no combate aos laticínios clandestinos, intenso trabalho de educação sanitária, bem como na fomentação e implantação de novos laticínios para beneficiamento do leite. “A meta é, através do programa de certificação de propriedades realizada pela Adab, buscar o reconhecimento de estado livre de Tuberculose e Brucelose, doenças que podem ser transmitidas pela ingestão de leite contaminado ou sem inspeção”, concluiu o Peixoto.

A câmara setorial tem também o objetivo de definir os caminhos do leite na Bahia e propor políticas públicas que contribuam para tornar o estado auto-suficiente na produção do leite e buscar soluções neste ramo, como a melhoria genética, certificação, acesso do produtor ao crédito, criação de novas linhas de financiamento e prazos para pagamento, além da geração de emprego e renda.

Para o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, existe a real necessidade de melhorar a organização da cadeia produtiva do leite. “A secretaria avança com a criação da Câmara Setorial do Leite. É importante reafirmar a capacidade da Seagri em ser uma articuladora das ações da agropecuária do estado”, afirma Muniz.

Segmento

O Estado da Bahia é o maior produtor de leite no Nordeste, com 911 milhões de litros/ano em 2007, e terceiro rebanho de pecuária do leite do país, sétimo produtor nacional, tendo uma média de produtividade de leite/vaca/dia com 3,5 litros.

Essa produção, no entanto, ainda é insuficiente, uma vez que o consumo interno é estimado em 1,5 bilhões de litros/ano. As principais bacias leiteiras do Estado da Bahia estão localizadas nos Territórios de Identidade do Extremo Sul, Itapetinga, Litoral Sul, Médio Rio de Contas, Portal do Sertão e Vitória da Conquista. Na Bahia, 80% dos produtores de leite são classificados como pequenos. A grande dispersão territorial dos estabelecimentos, aliada à precariedade dos meios de transporte, resultam em altas perdas e custo de frete elevado.

“A instalação dessa câmara vem responder ao segmento lácteo no Estado, dando prosseguimento ao levantamento das demandas do setor e a possibilidade da discussão e da implantação de uma política especifica para a criação da cadeia do leite”, afirma o secretário Roberto Muniz.


Fonte:
Josalto Alves/SEAGRI – DRT-Ba 931
Elaine Cunha/SEAGRI – DRT Ba 2301
Welder França/ ADAB